sábado, 12 de maio de 2018

O conceito e a grafia do zero

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O conceito e a grafia do zero

O conceito do zero somente se desenvolveu em três civilizações antes de chegar ao chamado Ocidente: a dos babilônios, os hindus e os maias. 
Na Europa, o abandono dos números romanos para a nova forma de grafia chegou, mais uma vez e como tantas outras aportações às ciências e às artes, por meio dos árabes; mas a definição do símbolo zero só aconteceu depois, durante a Idade Média, após a aceitação dos algarismos arábicos, que foram divulgados e definitivamente validados nos países do continente europeu por Leonardo Fibonacci. Também conhecido como Leonardo de Pisa, Leonardo Pisano ou ainda Leonardo Bigollo, ou simplesmente como Fibonacci, foi um matemático italiano, tido como o primeiro grande matemático europeu da Idade Média.

A descoberta do conceito zero representou na época um paradoxo, já que era bem difícil imaginar a quantificação e a representação do nada, do que de fato era inexistente. O conceito e a grafia do zero é considerada como uma das maiores invenções da humanidade, pois permitiu a criação de todas as operações matemáticas que são conhecidas atualmente.

 A Sucessão de Fibonacci, também chamada de Sequência de Fibonacci, é uma sequência de números inteiros, começando normalmente por 0 e 1, na qual, cada termo subsequente corresponde à soma dos dois anteriores. A sequência recebeu o nome do matemático italiano Leonardo de Pisa, mais conhecido por Fibonacci que descreveu, no ano de 1202, o crescimento de uma população de coelhos, a partir desta sucessão numérica. Porém, esta sequência já era conhecida na antiguidade.

A representação gráfica do zero demorou ainda cerca de 400 anos para ser incorporada ao sistema decimal indo-arábico de numeração. Definir graficamente qual seria o símbolo para o conceito zero foi de grande importância para posicionar com precisão os dígitos que formam qualquer número desejado, tanto seja num sistema numérico decimal, quanto no ábaco, que representava o zero apenas com uma casa vazia. E isto representou  o maior avanço no sistema de numeração decimal. Portanto, o zero passou por uma evolução de um vácuo para uma casa vazia, ou a um espaço em branco, para transformar-se por fim num símbolo numérico usado pelos hindus e pelos árabes antigos. 

No início dos século XVII, ocorreu uma importante modificação no formato da grafia desse décimo número  - o zero-, que inicialmente era pequeno e circular, um “o”, evoluindo para o atual formato ovalado “0” o que permitiu distingui-lo da letra “o” minúscula ou da “O” maiúscula.

Talvez o uso sistemático mais antigo de um símbolo definido para o conceito zero num sistema de valor relativo seja o que se encontra na matemática dos maias das Américas Central e Sul. O símbolo maia para o zero era usado para indicar a ausência de quaisquer unidades das várias ordens do sistema de base vinte modificado. Esse sistema era muito mais usado, provavelmente, para registrar o tempo em calendários do que para propósitos de contabilidade. 

JV. São Paulo, maio 2018.

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